domingo, 3 de julho de 2011

Se apaixonar...




Se apaixonar... Não beba. Se você se apaixonar, por obséquio, não beba. Esta é uma mensagem que o Ministério da Saúde deveria veicular! Vamos implorar por esta campanha. Falo sério.
“Um celular na mão de um bêbado às três da manhã é uma arma. Há dois anos que você não fala com a figura... De repente cria ‘coragem’ e liga.”

Concordo com o Eduardo. Celular em mão de bêbado é letal.
“E o pior a ligação de volta no outro dia. ‘E aí? Comé que cê tá? Tá melhor? É chegar ao solado da existência”. Esse meu amigo entende das coisas!

É verdade. Pessoas apaixonadas, chifradas, com dor de cotovelo e afins, deveriam ser sumariamente afastadas de uísques, conhaques, caipiroskas e, principalmente, cervejinhas.  O garçom deveria andar com um aparelhinho medidor de ‘apaixonite’. 

- Sinto muito senhor. O apaixonomêtro atingiu o nível laranja. O senhor atingiu sua cota. Não posso servir mais que duas doses para você.

- Mas eu não vou dirigir. Estou de carona com os amigos. E além disso, eu nem gosto mais dela, aquela...

Aí o garçom diria sinto muito e prontamente bateria em retirada para a mesa ao lado. Os garçons seriam os anjos da guarda dos enamorados mal resolvidos! Será que eles passariam a cobrar a mais pelo serviço? Acho justo.

Daniela minha amiga caiu nesta mistura explosiva. Fim de noite: pega táxi e vai bater na porta do sujeito. Brigam ali mesmo. Ela volta pra casa a pé. O salto quebra. Até aí tudo bem. O problema é que no grau etílico que ela estava esqueceu de tirar o salto. Foi de um bairro para outro mancado.... E depois não quer que a gente ria!

E a falta de noção não acontece apenas nas noites urbanas, não! O Leandro contou saiu de Porto Alegre e foi para uma festa em Viamão. A certa altura teve que ir para a barraca. Não conseguia mais ficar em pé. “Ainda bem que eu tinha conquistado a garota mais linda da festa para dividir a barraca comigo! Eu pensando ‘ Ah, se a Luciana estivesse aqui para ver isso. Iria morrer de ciúmes ao me ver com alguém mais legal e mais bonita que ela...”. Na madrugada: ele acorda molhado com um cachorro lambendo-o todinho. O que aconteceu depois do coma alcoólico: Ele tinha armado a barraca num terreno inclinado. Choveu e a barraca virou. Ele e a garota foram parar numa poça d´água. Um cachorro entrou na barraca e ficou abraçado a ele. “E a menina era horrível. Só depois é que eu fui notar”!

Viram a importância da campanha? A apaixonite (seja em sua forma crônica ou aguda) não escolhe gênero, raça, idade ou posição social. É muito democrática.

E como sabemos (mesmo não querendo admitir) a mistura de álcool e apaixonite mal curada pode causar acidentes terríveis com consequências desastrosas como palavras deslocadas, discernimento quebrado, morte da dignidade dentre outros tantos traumas. Além é claro, da ressaca dupla. A física e a moral. E a segunda não há sal de frutas com analgésico que dê jeito...

O mais estranho é que a humanidade já evolui tanto e para certos males os cientistas não descobriram a cura. Atrasos indesculpáveis da pós-modernidade...

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