sábado, 30 de outubro de 2010

Namoros Chochos # 01



“Por que você terminou com o Roberto? Ele é tão legal. Vocês se conhecem desde o ensino fundamental...”

“Ah, muitas coisas. Além do mais a mãe dele o estava manipulando.”
“Eu teria continuado... ”

“Não teria, não. Você não ficaria com ele uma semana. Ele é ruim de cama.”
“Mônica, sua doida? E você ficou com este cara um ano? Que perda de tempo. Para quê, por quê?”

É evidente que ninguém namora só pelo sexo. Mas isto faz parte. Contudo, a explicação da Mônica em porquê continuar com ele me chocou muito. “Ele disse que queria casar comigo”. Na verdade, lembrei que eu também já namorei um cara que eu achava um nada, mas ele disse que queria casar comigo. No meu caso, porém durou só um mês. Concluí que ficar com um cara que eu dava graças a Deus porque a gente transava pouco não era normal (Acho que foram umas três - quatro vezes durante todo o namoro).

É impressionante o número de mulheres que namoram com caras que elas não gostam simplesmente porque existe uma probabilidade de casamento. O caso da Mônica mexeu muito comigo. O mais interessante é que ela sempre dizia que o amava e que ele era muito especial... Sempre fiquei com uma pulga atrás da orelha. Não conseguia sentir aquilo. Me parecia forçado. Mas, eu achava que era loucura minha. No fim vi que ela não queria me convencer e sim, a si mesma.

Ela veio desabafar. Falou que o cara era mandão, ruim de cama e nunca se retratou de um mal feito. E, segundo ela, nos últimos tempos passou a distorcer as palavras e situações que eles viveram. Quem tocou no assunto casamento foi ele, após seis meses de relacionamento. Verdade. Me lembro deste período. Depois o Roberto passou a dizer que ela que começou com esta estória e que ele não havia pensado nisso.

Definitivamente, tem que se conhecer bem a pessoa com quem tencionamos morar junto.
O que ele não sabe é que já no segundo mês do relacionamento deles a Mônica queria sair desta furada. As amigas se juntaram falaram o quanto ele era legal, que ela precisa de um cara certinho como ele, com um bom emprego e possibilidade de subir na carreira e blá, blá, blá. Enfim, mostramos racionalmente todas as vantagens de continuar com o sujeito. Até que ela cansada de tanto ficar com babacas tentou. Tentou demais. Entretanto, depois deste episódio vi que a famosa intuição feminina é a coisa mais poderosa que temos. Ela não queria...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Encontros*



Tem dia que a gente pensa que só vai ali se divertir e de repente: uma explosão! Acontece um amor inesperado. O melhor de todos. É o encontro de você consigo mesmo. Adorei.Tô me amando. Muito.

Eu só queria escutar poesia e tomar um vinho. Fui. Meio com medo. Poesia já algo muito subversivo, recitada por mulher então... revira sua alma. E no último recital revirou e reconectou. Aconteceu o verdadeiro casamento do meu lado forte com o fraco, o bom com o mau, a criança com a mulher, a santa com a devassa. Tudo recomposto. Alquimia perfeita.

Enquanto a poetisa recitava coisas de um mundo desconhecido para mim, com palavras como sertão, fulô, jirau coisas que só sei de dicionário e nunca vi em toda a minha vida, senti saudades dos bisavós que não conheci. Donos de engenho de cana de açúca, lá em Pernambuco. Voltei a uma origem que nunca vivi. Só ouvi dizer. Senti até mesmo os ancestrais mulçumanos que invadiram a Espanha, os espanhóis que se misturaram com os portugueses e vieram corajosamente, vencendo o mar, dar com os costados nestas praias. Arrisco a dizer que gosto de comidas que nunca me foram apresentadas. Senti até uns gostos diferentes do vinho que eu bebia.

Em geral, eu só lembro do ramo da família de Minas. E só para zuar a TFM (Tradicional Família Mineira). Mas, ali diante daquela pequena poetisa eu a via grande, um gigante interpretando versos ao mesmo tempo tão puros e tão fortes. Sem saber ela acabou juntado os vários seres dentro de mim e me apontou um caminho. Vi que não adianta negar minha essência de artista. Minha fome de cores, melodias, movimentos, peças, filmes, músicas e palavras. Muitas palavras...

Eu comigo. Numa nova relação. Eu preenchendo meus vazios, juntando minhas pontas. EU+EU = SER FORTE. Saí de lá assim: plena. Certa de uma relação para lá de pos moderna. Comigo mesma.

*Esta crônica é dedica à poetisa Lília Diniz. Guerreira, cantadeira e escancaradora de almas!

As fulô do mandacaru
é buniteza de esperança
da chuva que vem chegano
dum povo que nunca cansa
os flamboyant em florada
é a espanhola que dança
e as jardineira tem o cheiro
dos dia que vai chover
mas nenhuma me tocou
que nem as fulô do ipê


Floramarela, de Lília Diniz

domingo, 24 de outubro de 2010

Amores Enviesados

“Não sei como uma mulher tão especial como você ainda se refere a este canalha. Me faz um favor? Nunca mais me conta mais nada sobre este imbecil”.

Responde a Gisele para nossa querida Maíra, que chateada com a grosseria da amiga vem falar comigo.

Gente, o cara é babaca mesmo, chato demais, feio e infantil. Menino de apartamento total. A Maíra é quase uma princesa e só gosta de ‘descolados’. De fato o pessoal que via os dois juntos ficava estupefacto (com c, como em Portugal para frisar a bizarrice da coisa). Para vocês entenderem era como se o Shrek ficasse com a Mônica Bellucci. Porém, o lance já acabou e as últimas notícias não deveriam ser nada demais. E o que a Gisele não entendeu é que...

AMOR DE P* ONDE BATE FICA!

Não existe coisa mais brega e mais certa que ditado popular, gente! A própria Maíra concorda. Ela tá nem aí para o cara e não quer nada mais como sujeito. E perguntada – quer dizer – inquirida pelas amigas (eu inclusive) só dizia: “Sei lá. Eu tenho até vergonha de sair na rua com ele. Mas é um lance de pele, sabe?". Sei... é aquele tipo de amor já mencionado.

É isto. Nem tudo tem explicação. Lance de pele, química, atração, enfim... amor de P*. E para dizer a verdade é muito bom existam encontros assim. Por que é doido. Não tem hoje nem amanhã, só confusão. Dá uma desequilibrada na vida. Sai da monotonia. E a gente aprende a ser feliz sem estas bobagens. E mais: que a gente não tem tanto controle no quesito emoções.

Já tive um ‘amor’ assim. Sabia que não iria render muito, mas ficava tensa com o sujeito. E vários amigos também já comentaram comigo que viveram esta experiência. “Eu detesto esta mulher. Mas sei lá o que ela tem que quando eu chego perto, fica tudo vermelho e o que eu mais quero agarrá-la. Fico no maior tesão”. Segundo eles isto se chama chá de B*.

Aliás, os termos desta crônica estão de um baixo calão sem fim... peço desculpas. Mas, para coisas sem noção, palavras e frases idem.

E eu já disse e repito: desconfio de quem nunca tomou um porre até cair, nunca fez nada errado, do cara que nunca se apaixonou pela maior devassa da rua, bairro, escola, faculdade, etc, e de mulher que nunca deu para o cara errado. “Ai podia ter dormido sem essa”, é a frase típica das mulheres, no outro dia, quando se percebe a desconcertante situação.

Ah! Também desconfio de quem não curte Beatles. Destes últimos, sugiro inclusive, uma distância de 300 km, no mínimo. Para mim esta galera que entra na ex-escola ou faculdade metralhando todo mundo é desta qualidade. Nunca cometeu pequenos desatinos. e de repente... um dia de fúria.

Mas, voltando ao tema A Gi, é muito nova. Ainda não se perdeu. Não caiu de amores por um cafajeste, nem teve um amor enviesado (para não repetir ‘de P*’). Um dia ela chega lá! Só que com uma diferença: as amigas que já passaram por isso terão o maior prazer em escutar! E não deixá-la se entregar. Porque quem julga é o que mais entra ‘no perdido’ quando chega a vez.

Nada mais previsível no reino da pos modernidade...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

PAIXÃO !



“Você está grávida!”
“Tô não. Atrasos são normais. Até 10 dias é muito comum.”
“Nunca ouvi dizer isso.”
“Mas é. E outra coisa: intuição feminina não falha. E eu não me sinto grávida, não”
“Arrã... Sei. E se estiver? O que você pensa em fazer? Vai ter?”
“Claro! Mas eu já falei, Alessandro: não estou grávida.”
“Então tá bom. Se estiver grávida vai ter e eu vou te apoiar em qualquer decisão. Marca o médico que segunda-feira de manhã, quando eu chegar de Roma te levo lá. Fique tranqüila”

E assim o Alessandro cresceu ainda mais dentro de mim. Eu era muito apaixonada por ele. Mas, dali em diante fiquei extasiada. Nunca tinha conhecido um cara assim. Lindo, elegante, viril, inteligente e ainda por cima Homem de verdade. Se fosse um jogo de vídeo game diria que tinha mudado de nível. Saí do estágio da paixão e entrei no de amor desmedido.

E como eu havia dito era alarme falso. Só mais uma destas pegadinhas para deixar a gente encucada e os namorados loucos pensando em arranjar um emprego melhor. E também fazê-los fumar desesperadamente.

Mas, este lance com o Alessandro foi muito, muito louco. Primeiro, porque eu me apaixonei por ele assim que o vi. Detalhe: ele estava de costas. Comecei a tremer toda. Quando ele virou e me viu senti que ele queria pular em cima de mim, mas devido a estas convenções sociais, um desconhecido num bar não avança em uma garota. Só vi um brilho totalmente diferente de tudo que eu já havia visto naquele olhar.

Conseguimos uma apresentação. E uma festa no fim de semana. Aquele beijo foi um teletransporte para sei lá qual dimensão. Só sei que procuro por esta dimensão até hoje, com sofreguidão. Aliás, sofreguidão, ânsia, desejo, entrega, romper limites, fazer o tempo parar, pegar fogo, multiplicar os prazeres eram palavras que ganhavam sentido e cresciam nos nossos momentos homem-mulher. Engraçado que nestas horas eu tinha a nítida sensação de brotarem labaredas do chão do quarto (ou sala, escada, cozinha, banheiro e outros locais que não passaram incólumes por nós – felizmente e com muito orgulho).

E aí caros amigos... os prazeres sempre intensos foram se tornando múltiplos (se é que vocês me entendem...). A paixão é uma loucura que te eleva. É saber que vai se queimar e queima achado bom. É puro desatino. É olhar para o mundo e dizer “Tô doida sim. Tô apaixonada sim. Tô realizada sim. E daí? ”

E hoje, 19 de outubro é dia do aniversário do Alê. Nasceu no mesmo dia do Vinícius de Moraes. Acho que por isso a gente viveu tão intensamente aquele amor, que para mim é imortal, posto que ainda é chama e ainda dura.

Além desta avidez e total luxuria regada a vinho, pasta, limoncello, queijos e arte (Sim belos! Não temos música de casal como a maioria. Temos um quadro que nos representa “ Vênus e Marte”, de Botticelli. Exposto na National Galley of London) sempre existiu entre nós admiração, respeito, conversas, risadas e DRs, muitas DRs...

“Alessandro, precisamos conversar”

E lá vinha ele cheio de harmonia libriana conversar, aparar as arestas, me acalmar e depois me encher beijos, abraços e carinhos. Ele tinha lá os defeitos dele, mas agora não consigo lembrar.

O relacionamento acabou. Numa boa, aliás. Guardo tantas lembranças boas dessa época que só posso dizer que valeu a pena. E que foi uma das melhores (senão a melhor) experiências da minha vida. Agradeço todos os dias por tê-lo conhecido. Agradeço por ele ter me ajudado a evoluir e me tornar um ser humano melhor. Agradeço as nossas descobertas juntos. Agradeço nossas diferenças e nossos pontos em comum. Foi uma bonita cumplicidade. Cresci muito e ele também. São estes encontros que movem o mundo. Quem nunca teve uma grande paixão, corra. Vá atrás e viva-a. É eletrizante!É vida plena na veia.

Então para as feminista e mal amados de plantão digo: Não venham me criticar porque eu levava café-da-mahã na cama para o Alessandro. Ele gostava e eu fazia com prazer. Levava sim e feliz da vida. E preparava tudo. Do café às torradinhas com geléia e manteiga, além de uvas e maçãs lavadinhas. Ah! Sem esquecer a fatia de queijo.

Quero meu direito de ser mulherzinha. De vez em quando é bom. E fazer este mimo para meu companheiro não me subestimou, não me tornou alguém subserviente, nem me reduziu. Ao contrário cresci em diversos aspectos enquanto ficávamos ali naquele “dolce far niente”, conversando, rindo, trocando idéias, beijinhos... Enquanto Florença, também acordava manhosa, com seu friozinho gostoso e seus cappuccinos maravilhosos. E a gente lá vivendo nossa paixão com suas várias formas e cores, muito além do tempo, do espaço e da nossa compreensão. Intensamente.


Alessandro, Tanti auguri! Felice compleano. Ti voglio bene per sempre!La tua brasiliana.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

"Tira as mãos de mim", de Chico Buarque e Ruy Guerra

Sobre Meninos e Homens




Depois de muitas fadas verdes (absinto) resolvi divulgar minha teoria sobre meninos e homens, que tem a ver com macho, homem e moleque. Aliás, teorias não escritas e achismos que quase sempre dão certo são minha especialidade. E depois de um jantar cheio de troca de idéias com advogados aí a teoria rola solta mesmo. Aliás, tenho um fraco por engenheiros e advogados. Não sei explicar. E neste último evento, um destes advogados quaaaaaaaaaaaaase me convenceu que ele era o homem da minha vida. Delícia! Mas, com muita fada na cabeça resolvi deixar para depois. Ainda mais que errei na mão no meu molho de peras ao vinho (que triste...). Enfim vamos à teoria.

Tem cara que é macho. Tira roupa, tem ereção, penetração e basta. Mas, isto não quer dizer que ele seja necessariamente homem. Há uma diferença. Ser macho é fácil. Basta nascer com um penduricalho no meio das pernas. Nada mais simples. O cachorro é macho, o elefante é macho, tem girafa macho, rato macho e até barata macho! Olha que legal!

Mas ser homem é diferente. Ser homem, ou melhor ‘Homem’, requer outros atributos. Homem é aquele que respeita a mulher, se sente bem porque ela manteve uma relação íntima com ele, protege, cuida. Ou seja, funções ancestrais que toda mulher, por mais moderna e feminista que seja sempre admira num homem. Às vezes, na correria do dia-a-dia, não dá para ter tudo isso. Mas, como são todos adultos e foi tudo consentido o mínimo a se manter é uma relação saudável e de amizade, principalmente, quando são pessoas que se conhecem há mais tempo e tem convívio social com pessoas em comum. Nestes casos, ninguém espera um grande amor ou um provedor do lar. Só amizade, respeito, carinho e, quem sabe guardar um momento legal com bastante ternura.

Nesta velocidade e carência em que andamos é muito normal transar com amigos, ou amigo dos amigos. São relacionamentos rápidos, sim. Nem por isso devem ser desprovidos de respeito. Nunca entendi isto. O cara é seu amigo. Rola um sexo, o babaca não sabe lidar com isso e começa uma frescuragem infinita. É muita imaturidade. Na boa? É o que a gente chamava na faculdade de menino de apartamento. Ô meu filho! Sai da caixa! Vai pra vida!

Hoje, qualquer mulher tem uma facilidade imensa para conseguir sexo a qualquer momento. Então ela escolhe. O homem de verdade sabe que ela poderia ter escolhido qualquer um e acha legal ter obtido da companheira – mesmo que eventual – esta confiança e este momento de prazer e carinho. E leva o resto como um amigo querido.

O macho, ao contrário, faz seu papel e depois fica de palhaçada, acaba com a conversa, amizade e a consideração. O macho, aquele que não sabe ser homem e insiste no papel de menininho mimado fica inseguro, fazendo manipulações, fofoquinhas e artimanhas baratas. Que chato! Dá vontade de comprar uma chupeta e gritar: fulano pega isto e o cobertorzinho e vai dormir. Agora!

E o quê o macho-moleque consegue com isso? Simples: o desrespeito e a indiferença da antiga parceira, até chegar ao desprezo das outras mulheres do grupo. Os desejos, palavras e pensamentos do macho não servem mais para nada. O carinho se esvai, e ele se iguala, na visão da mulher, àquela barata que nasceu macho. E todo mundo conhece a relação entre mulheres e barata, né!

Em resumo, no fim de noite quando sua amiga que anteriormente já esteve nesta roubada e te disser: “Aquele cara é muito estranho. Nem fala. Só quando bebe. Ele vive lá no autismo dele”, acredite. E nunca, jamais pense que é um exagero.
Aí já é tarde. E é um tal de relembrar o ex (que era tudo de bom, mas ficou no antigo continente) e escutar Chico Buarque, pois só ele nos entende...
E para todos os meninos-machinhos segue esta. Apreciem!

Tira as mãos de mim
(Chico Buarque)

Ele era mil
Tu és nenhum
Na guerra és vil
Na cama és mocho
Tira as mãos de mim
Põe as mãos em mim
E vê se o fogo dele
Guardado em mim
Te incendeia um pouco
Éramos nós
Estreitos nós
Enquanto tu
És laço frouxo
Tira as mãos de mim
Põe as mãos em mim
E vê se a febre dele
Guardada em mim
Te contagia um pouco

http://www.youtube.com/watch?v=puwXJxhHGyg

sábado, 9 de outubro de 2010

John, Eu Ainda Conto com Você !



John,

Hoje é seu aniversário de nascimento. Não interessa quantos anos você faria porque você sempre foi à frente do seu tempo mesmo. Então, isto é indiferente.

Querido,

você sempre foi tudo que eu desejei num homem. Pena que outro igual a você não exista...

Criativo, irreverente, bom em tudo que faz, canta, toca, compõe, ama e respeita as mulheres. Que mais alguém pode querer? Nunca entendi esta tua cisma com a Yoko, mas tudo bem. Você pode tudo! Pode dançar no meio da rua,vestir roupas extravagantes, sair dos Beatles. Continuar cantando, tirar foto nu, largar os negócios e cuidar do filho...Tudo, você pode tudo.

E eu continuo contando com você. Para me inspirar, para me fazer acreditar num mundo melhor, para acreditar no ser humano quando este sentimento escapa e até na fraternidade e no amor.

Só podia ser libriano mesmo. Quando escutei "Woman" pela primeira vez, confesso que enlouqueci. Fiquei extasiada. Só alguém com extrema sensibilidade e inteligência para entender o universo opressor em que as mulheres vivem. E quando você passou a nos defender, hein? E a lutar pela paz? Que maravilha.... Meu herói!

Sabe, se você ainda estivesse aqui neste mundo cão (ai, que falta você faz, amor) acho a rainha da Inglaterra baixaria uma lei assim "Toda inglesa nata tem o dever de satisfazer Sir. John Lennon, em qualquer um dos seus desejos". Se bem quem esta é uma lei não escrita. E que qualquer mulher cumpriria com prazer! Não só as inglesas!

Observando estes caras que andam por aí e lembrando de você sinto vergonha alheia. Eles não passam de um bando de bárbaros sem carisma, sem idéias, sem sex appel, sem calor humano, sem humor, sem devaneios. Uns chatos, vazios e pedantes. Sem absolutamente nada a oferecer. Enfim... sem nadica de nada do macho ou do homem que você é.

John você continua para sempre sendo meu ideal de homem, meu herói.

Hoje acordei triste. Sinto falta da sua presença física dando rolé por aí. Já chorei muito hoje e escrevo esta crônica chorando. Por mim e pelo mundo que perdeu um ser tão especial quanto você.

Que saudade!

Te amo, John. Grata por tudo. Principalmente por me ensinar a sonhar. Pois os sonhos é que movem o mundo.

"You may say I' m a dreamer. But I´m not only one"!

And I standing by you.

Love,

Leona

John, Eu Ainda Conto com Você



John,

Hoje é seu aniversário de nascimento. Não interessa quantos anos você faria porque você sempre foi à frente do seu tempo mesmo. Então, isto é indiferente.

Querido,

você sempre foi tudo que eu desejei num homem. Pena que outro igual a você não exista...

Criativo, irreverente, bom em tudo que faz, canta, toca, compõe, ama e respeita as mulheres. Que mais alguém pode querer? Nunca entendi esta tua cisma com a Yoko, mas tudo bem. Você pode tudo! Pode dançar no meio da rua,vestir roupas extravagantes, sair dos Beatles. Continuar cantando, tirar foto nu, largar os negócios e cuidar do filho...Tudo, você pode tudo.

E eu continuo contando com você. Para me inspirar, para me fazer acreditar num mundo melhor, para acreditar no ser humano quando este sentimento escapa e até na fraternidade e no amor.

Só podia ser libriano mesmo. Quando escutei "Woman" pela primeira vez, confesso que enlouqueci. Fiquei extasiada. Só alguém com extrema sensibilidade e inteligência para entender o universo opressor em que as mulheres vivem. E quando você passou a nos defender, hein? E a lutar pela paz? Que maravilha.... Meu herói!

Sabe, se você ainda estivesse aqui neste mundo cão (ai, que falta você faz, amor) acho a rainha da Inglaterra baixaria uma lei assim "Toda inglesa nata tem o dever de satisfazer Sir. John Lennon, em qualquer um dos seus desejos". Se bem quem esta é uma lei não escrita. E que qualquer mulher cumpriria com prazer! Não só as inglesas!

Observando estes caras que andam por aí e lembrando de você sinto vergonha alheia. Eles não passam de um bando de bárbaros sem carisma, sem idéias, sem sex appel, sem calor humano, sem humor, sem devaneios. Uns chatos, vazios e pedantes. Sem absolutamente nada a oferecer. Enfim... sem nadica de nada do macho ou do homem que você é.

John você continua para sempre sendo meu ideal de homem, meu herói.

Hoje acordei triste. Sinto falta da sua presença física dando rolé por aí. Já chorei muito hoje e escrevo esta crônica chorando. Por mim e pelo mundo que perdeu um ser tão especial quanto você.

Que saudade!

Te amo, John. Grata por tudo. Principalmente por me ensinar a sonhar. Pois os sonhos é que movem o mundo.

"You may say I' m a dreamer. But I´m not only one"!

And I standing by you.

Love,

Leona

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Perder o Clima Jamais!



Uma das minhas melhores amigas está em São Paulo. Foi lá estudar, se intoxicar com poluição, pegar trânsito e uns caras. De vez quando. Só para quebrar a rotina.

A gente se comunica praticamente todo dia. E ela é massa porque não faz o estilo mulherzinha-boazinha-hipócrita-romântica. Daí eu contando para ela sobre o meu affair virtual (de vento em popa), ela me vem com essa:

“Ah, sim mas falar é fundamental! Outro dia dei uma trepada boa (é assim que se diz em São Paulo) com um ex-peguete de Brasília, que eu não via há uns sete anos mais ou menos...”

Antes de continuar relembro a vocês que é a mulher menos romântica que eu conheço.

“(...) No meio da transa ele fala: "Eu te amo!" E aí amiga, eu respondi “Eu também, eu também!”. Até agora não consigo parar de rir. Nunca vi um “eu te amo” mais pulp fiction que este!

E tá certa ela. Quebrar o clima para quê? Nesta hora a gente diz eu te amo, você é o amor da minha vida, e o que mais vier na cabeça. Me lembro que eu mesma já saí com um “Eu quero ser só sua a vida toda”. Beeeeeeeeem falso. Ah, dane-se. Que seja eterno enquanto dure. Contudo, faz um belo efeito nos rapazes. Homem também gosta de se iludir.

Mas, o Oscar vai mesmo para um outro ficante desta amiga. Sei que eles saíram da festa começaram a se pegar no carro. Terminada a festa particular dos dois ela viu muito sangue no chão do carro. O cara: “É eu cortei o pé sei lá onde. Mas, eu não ia parar e quebrar o clima,né! O lance tava tão quente...”

É isso aí galera! Tem que dar o sangue! Quebrar o clima jamais. Vale até “Eu te amo”. Isto é Vinícius de Moraes com Nelson Rodrigues batido no liquidificador. É a quinta essência da pós modernidade!

domingo, 3 de outubro de 2010

Casados ou Solteiros?



Eu acho que ser casado é melhor que ser solteiro. Isto quando o casamento é bom. Por que do contrário, deve ser um inferno. Com o agravante que você tem que dar para o capeta (ou comer o inimigo, na versão masculina).

Segundo o comediante Rafinha Bastos, o homem não sabe o que quer. Quando está solteiro quer casar, quando está casado quer morrer... Engraçadinho.

Mas não é assim, não. Eu conheço um monte de casal feliz. Dos mais de cem casais que mantenho contato tenho certeza que três são felizes. Considero um bom número. O mais interessante de tudo é que os bem casados sempre dizem “Casamento é bom, mas é muito difícil” ou “É bom, mas é complicado, tem que ter paciência, etc”... Eu só desconfio quando dizem “Meu casamento é ótimo!”, “Ah meu marido é maravilhoso”. “Minha mulher é um anjo...”. Hummmm. Sei. Já começo a sentir cheiro de chifres, calmantes, choros baixinhos sob a água que cai do chuveiro e falsos jogos de pôquer, futebol ou coisa que o valha com os amigos.

Mas, a vida de solteiro não é tão ruim. É meio cansativa esta rotina de se arrumar, ir para a balada, paquerar, escutar blá, blá, blá; dançar, rir, anotar e-mail, passar e-mail, esperar telefonema, fugir de telefonema, etc... Cansa. O pior é não ter ninguém para contar, para construir uma vida juntos, com amor, apoio, cumplicidade e tudo aquilo que sonhamos (mesmo quem diz que não, no fundo sonha com isto. Ah, sonha!).

Por outro lado ser solteiro é emocionante! Cada dia é diferente, não sabe o que vai acontecer. É excitante! E não ter que dar satisfação? Isto, para mim, é o paraíso da existência. Deve ser trauma. Quando eu era adolescente (Sim, caros! Eu ainda lembro desta fase!) tinha que comunicar até uma ida a padaria. Tinha hora pra chegar, falar com quem e para onde iria. Enfim, um saco. Não tenho medo de responsabilidades, mas dar satisfação é terrível. Não me pergunte aonde eu vou. Eu sou fiel, honesta, legal e sincera. Não me pergunte aonde vou, com quem falei, com quem eu vou. Nunca.

Olha, aqui da minha pacata vidinha de solteira feliz dia sim, dia não (tenho tido mais dias sim!)contabilizo umas coisas muito boas:

1)A louça. Lavo sempre que posso. Mas, se ficar de um dia pra outro não é o caos.
2)Ando só de calcinha pela casa o dia todo e ninguém tem nada a ver com isso.
3)De repente quero ir ao cinema. Vou e não chamo ninguém. Amo cinema. E a hora de ir é agora. Como fico feliz assistindo um bom filme!
4)Atendo telefone se quiser.
5)Chego a hora que quiser. Saio com quem quiser. Durmo e acordo na minha hora.
6)Depois que o Nick morreu (Nicolau Copérnico, meu peixe Beta) não tenho que sustentar ninguém.

Aqui faço um aparte: ter filho deve ser maravilhoso. Amor incondicional é o único verdadeiro. Mas, crianças dão trabalho e requerem atenção. Uma coisa é pegar aquele bebê fofinho, brincar, trocar roupinha e colocar para dormir. Outra, muito diferente, é educar, comprar roupa, pagar escola, fazer comida preferida e acordar de noite para cuidar. Sei porque meu irmão é 11 anos mais novo que eu e tenho um afilhado... Repito é bom, mas é uma grande responsabilidade. Tem um ser dependendo de você. Acabou esta estória de ataque gay. “Ai, não resisti e passei o cartão. Final do ano vou para Paris!” Ou “Fui comprar um sapato. Não resisti, meti o cartão e comprei cinco pares de sapato e duas bolsas para combinar”. Arrã... Enfim, use camisinha e não esqueça de tomar a pílula.

Continuando a contagem...

7)Namorar é ótimo! Brigou? Vai dormir na sua casa. Quer fazer as pazes? Oba! Traz o energético aí que hoje tem! Pega o CD dos Rolling Stones.
8)Quero passar o dia lendo. Leio.
9)Não quero fazer sexo. Não faço e pronto. Viro para o lado da parede e durmo.
10)Quero acordar cedo e fazer caminhada. Faço. Chego e escuto minhas músicas clássicas sem ninguém fazer barulho ou me desconcentrar.
11)E ser cantada por vários gatinhos, ser admirada, ter sempre alguém te achando interessante... não tem preço! É fútil? É, mas inexplicavelmente existem bobagens que fazem bem danado para a auto-estima.

Você que é casada, me diga. Há quanto tempo seu marido não te faz um elogio? Você se sente realmente desejada? Outro dia uma colega casada disse que há anos ela não saía com um grupo de amigos para tomar um chopinho. Tava com cara de criança que acabou de ganhar um brinquedo.

E você homem casado? Tem se sentido desejado ou sufocado? E desde quando não rola um sexo selvagem num lugar estranho entre vocês? Hein? Hein? E aquela pegada maravilhosa quando você nem esperava? Aliás, com que freqüência vocês transam????

Bom, cada caso é um caso e as duas situações tem circunstâncias boas e ruins. Infelizmente, o número de homens casados que não podem ver uma mulher sem ficar doidos, parecendo cachorro no cio é impressionante. Muito maior que o de solteiros.

E a quantidade de mulheres casadas com rostos tristes, que se sentem só e parecem carregar o peso do mundo nas costas é de dar pena. Faz repensar toda a existência.

E isso tudo me parece que não surgiu na pos modernidade...