Mentiras Femininas # 01

“Oh, querido. Isto acontece... é normal. Não tem problema nenhum. É o cansaço.”

“Tamanho não tem nada a ver. Eu não ligo a mínima para isso”

“A primeira coisa que eu olho num homem é o caráter.Depois a inteligência”

E depois para as amigas:

“ Aquele idiota do Zezinho é um broxa. Você acredita que a gente estava no maior clima e ele não consguiu. Fiz de tudo e blá, blá, blá...”.

“Não. Eu me recuso. Muito pequeno. Ele até que é legal mas, eu não sentia nada e....”

“Muito feio. Tive que beber umas. Que saudado do João... apesar de burro era lindo ....”

A verdade meus amigos é que as mulheres mentem! O bom é que só contamos para a torcida do Flamengo. As outras torcidas são informadas pelas amigas primas colegas e afins. Me lembro de um caso que aconteceu com a Claudinha, há uns cinco anos. Ela ficou com um carioca que morava aqui. E ele, digamos assim, perdeu o jogo por W.O.

Carioca: “Ô gata foi mal. Vamos tentar num outro dia”.

Cláudia para ele: “Fique tranquilo. Falhar é muito normal. Eu compreendo. Claro que vamos tentar de novo!”

Cláudia para gente: “Tinha que ser comigo! Não quero nem olhar para cara desse sujeito. Nunca mais. E ele ainda quer tentar de novo. Jamais. Tô com ódio”

Lembro bem da cara de raiva dela. Me recordo também que este drama aconteceu numa sexta-feira. No churrasco de sábado, todo mundo já sabia. Na segunda-feira, dona Lindalva, a faxineira, estava aconselhando as meninas. “Oia, esses dotorzim (o cara era chefe do departamento) não sabe fazê as coisa não! Já ouvi muita recramação. Mas, num é bom lembrar. Ômi gosta de muié compreeensiva e carinhosa. Cês fingi que foi tudo normal. Qui tá tudo bão. Diz umas coisas bunita e pronto. Vai levando essis até achá otros mió”. É a sabedoria popular!

Ainda bem que este cidadadão é do Ministério da Saúde e lá tem jeito (e remédio) para tudo! Mas, tudo acabou bem. A Claudinha achou um bombeiro com o qual manteve um tórrido e invejado caso por meses. Inclusive comemoramos a primeira vez que ela fez um piada com magueira e fogo. Um delírio!

A boa notíca é que mentimos para não magoar ninguém. Somos tão delicadas e gentis que não temos coragem de fazer ninguém sofrer ou se sentir mal. Aposto que este sujeito seguiu feliz e sem traumas. Tudo bem que ele não despertava o menor interesse em pelo menos cinquenta mulheres entre trabalhadoras da área da saúde e da Procuradoria Geral da República (onde a Claudinha trabalhava). Mas, tem tanta mulher no mundo, né? O que são apenas 50! A revanche femina é sutil porém cruel...

Isto é só mais uma consequência das relações superficiais que os homens cultivam. É evidente que em relações sólidas e mais profundas com o mínimo de respeito e consideração estes “deslizes” não acontecem. E as frases mentirosas do começo passam a ser verdadeiras. Se a relação é superficial não adianta exigir compreensão e cumplicidade (que inclui atenção, carinho e segredinhos íntimos). Relação do tipo “te pego hoje hoje, amanhã não te conheço”, tem muitos inconvenientes. Fora o vazio que não é tema para agora.

No mais, eu só fico imaginando a D. Lindalva passando o paninho na sala do chefe e pensando: “É... meu Sebastião trabalha o dia todo na construção, mas em casa, dá no couro.”

P.S.: Preciso lembrar que os nomes são inventados? Ok. Todos os nomes são falsos.