sábado, 4 de dezembro de 2010

Comédia Nada Romântica


Comédia nada romântica

- Não! Jura? Caramba... Eu não estou preparada par ao fim do mundo.
- Assisti e até gostei.
- Mas, você detesta comédia romântica. Arrá! Então, finalmente comprou um ingresso para assistir ao “estilinho de 5ª”, como você diz.
- Não seja boba, Paula.  Claro que não.  Assisti na TV a cabo. Continuo firme no propósito não ir ao cinema para assistir comédias românticas ou filmes besteirol com Julia Roberts e Leonardo DiCaprio.
- Sinto informá-la cara Isa, que você não vai assistir ao novo “The Great Gatsby”. A refilmagem vai ser com o DiCaprio.
- O quê? Um papel que já foi do Robert Redford, deram para aquele nanico sem sal do DiCaprio? Oh, shit! Mas, isto não vem caso. Achei a tal comédia romântica menos mal que as outras porque termina um pouquinho diferente. Tenho um certo horror a previsibilidade, como você bem sabe.
- Sei. Por isso, não entendo como você continua se namorando com homens. Deveria trocar para mulheres. A sua vida seria mais ‘imprevisível’.
- É verdade. Infelizmente, mulheres não vem como opcional “pau” de fábrica. Daí a problemática. E não me venha dizer que se pode comprar um de látex porque isto, não é a “solucionástica”. E voltando ao filme, a estorinha tratou de forma explícita um tema que eu adoro: pessoas que só dão valor ao ex quando perdem.
- Ah! Sei. Já passei por isso. Como algoz e vítima.
- Sabe, Paula eu sou uma exceção à regra. E me arrependo. Não faz esta cara. É verdade.  Eu sempre procurei o melhor das pessoas. Sempre as valorizei e tentei ver seu lado bom. Justamente , para não me arrepender depois. Sempre tentei fazer dar certo.
- E qual é o drama?
- Ah, os otários sempre achavam que eu estava apaixonada e não entendiam nada.  Tentavam tirar uma onda de gostosos... aí eles conseguiam me chatear, entediar  até adquirir meu total  desprezo.
- Mas este comportamento de valorizar o outro é o ideal!
- De fato tem seu lado bom. Tenho a consciência tranqüila. Nunca quis os tais retornos. Muitos dos meus ex qualquer coisa já quiseram voltar... Mas, aí era tarde demais. E a grande compensação é que, até onde me lembro, nunca me arrependi de ter deixado alguém.
- Dura você, hein? Não gosta de comédia romântica, não dá chance de volta. Não compra ingresso para filme com DiCaprio. Que isso...
- Pode parecer estranho, mas para mim o esforço tem que ser feito durante o relacionamento. Depois... Ah, já era. O importante é o momento, é o decorrer. Se as pessoas são devagar eu não tenho nada a ver com isso. Engraçado é que os caras, em geral, não pedem nem desculpas. Só querem voltar e pronto. Dão até a impressão que é uma obrigação sua. Quase um valor cristão!
- E o pedido de desculpas é assim tão importante para você?
- Não tanto.  Seria apenas mais coerente. O lance é outro. É que eu realmente me esforço para fazer dar certo. Quando não vejo isto da outra parte e o relacionamento acaba para quê “malhar em ferro frio”? Vou te contar uma coisa exótica. Às vezes eu nem lembro o nome do ex. E isto independe do tempo que ficamos juntos. É meio constrangedor. Ele fica lá “Oi tudo bem? O que você anda fazendo, Isa” ?!!!! E eu:  Ooooooi! E então querido com vão as coisas. O ‘querido’ acompanhado de um sorriso ‘alegrihno’ sempre me salva. Às vezes estou sorrindo e chamando o cara de bundão mentalmente.  Ainda bem que eles nunca percebem! O chato é aquele papinho: ah, que saudades, era tão bom! O pior é quando querem conversar sério. Ai, eu não aguento. Dá vontade de perguntar “Ei, fulano porque você não fez isto antes?
- E porque você não pergunta?  Não dá uma chance? Olha que poderia rolar um flash back.
- Preguiça.

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