quinta-feira, 6 de maio de 2010

Como Perder uma Mulher em uma Saída

Eu já conhecia o Leonardo* há quase dois anos. Engraçado. Eu tinha certeza que um dia ele iria me chamar para sair. Inclusive quando ele apareceu com uma ninfeta chamada Soninha* nem liguei. Esperei. Sabia que era uma aventura passageira.

Um belo dia ele chamou mesmo para sair. Maravilha! Depois de de um breve namoro com um menino de 22 anos, nada melhor do que um homem maduro de 44 anos! Economista, alto, olhos azuis e ainda conhecido da galera. Perfeito.

Ele me chamou para ver um vídeo na casa dele. Preferi um cineminha. Você passa aqui ou nos encotramos lá? Encontrar lá porque era mais fácil para ele. Hum....tudo bem. Não perdeu ponto, mas também não impressionou. Ok, normal.

Chegamos muito cedo. Passadinha na livraria. Ótimo! Daria para conversar sobre outros assuntos e não aquele de sempre do trabalho, do grupo em comum, etc...

Caros, notamente o nosso herói estava com tudo a seu favor. Bastava não atrapalhar. Daí ele começa a falar sobre tudo aquilo que já sempre se conversou. Tudo bem. Ele sempre foi tão bonzinho, não é mesmo?! Não vou ser fresca. Então, passa uma mulher com a filhinha lá do outro lado e ele a chama. É uma conhecida do outro trabalho e blá, blá, blá. Me apresenta a coleguinha depois de cinco minutos. Constragedor. A mulher com pressa, a filha andando para lá e para cá, doida para ir pagar o livro e ele dando uma de enturmado. Começo a ler os livros. A mulher pede licença e sai.

Tá bom, tá bom ele é simpático com todo mundo. Meio forçado, não? Não. Não é isso, não. Olha o nível de exigência!!! (diz o anjinho de desenho animado, em cima do meu ombro direito). Volto a sorrir languidamente. Mas que horas começa este filme mesmo, hein?

Continuamos o tour pela livraria. E ele olhando os livros técnicos do tal curso que nunca termina. Solta dois palavrões fora de contexto. É... deixa para lá. Continuamos o “animado” papo. Vamos ver as revistas. De repente, parado em frente a uma revista masculina, o sujeito se volta para mim e diz: “Mas, que bundinha mais linda!”. Não sei que cara eu fiz. Só sei que ele começou a gaguejar e perguntou se eu não achava a tal bundinha linda. Resposta (seca) “Esta não é a minha praia”. Remendei para “mas, na verdade é uma linda foto. Sem dúvida”. Depois do filme fiquei muito feliz em ir embora sozinha no meu carrinho.

È...bastava não complicar.

*Todos os nomes são fictícios

Nenhum comentário:

Postar um comentário