- Leona fui numa festa muito doida!!!
-É? De quem?
- Do João. Foi para comemorar o Centenário do Corinthians!
- Aaaaaaah! Por isso não fui convidada. Não gosto de time pequeno. Cê sabe né, Bel! Eu como
flamenguista considero o segundo lugar o primeiro perdedor!
- Isto nem me interessa. Entendo lhufas de futebol. Acontece que eu quase beijei uma mulher!
- Quê? Você? Que detesta até voz de mulher, quase não tem amigas por achar mulher a coisa mais chata do mundo? Mentira...
- Verdade. Era a ficante do João!
- Beeeeeeeeeeeeel?!?!?! Me conta com detalhes. Senta. Toma um gole do meu Manhatthan, vai. Isso. Agora conta! Detalhes sórdidos são bem vindos.
- A história é curta. Eu perguntei como eles se conheceram. A garota ficou de brincadeirinha, dizendo que foi numa casa de swing onde ela foi com uma amiga. Desconfiei. Fiz cara de paisagem e disse; “É mesmo então prova?”
-E aí?
- Aí , coloquei uma mão na cintura dela, a outra no pescoço e juntei.
- Putz, o João deve ter adorado ver isto!
- Isto sim, você não vai acreditar. Ele interrompeu o beijo. Começou a gritar: “Ou, ou , ou vocês duas, parem com isto! Aí não finalizamos...
- Agora não entendi nada mesmo. (Pausa para golinho no drinque) Ele não é tão modernoso, tão “amor-livre e desprendido”?
- Pois é. A gente não conhece as pessoas...
- É... aliás, eu estou desconhecendo vocês dois. Ai, to me sentindo velha... Eu sou da época das festas estilo Tim Maia.
- Como assim?
- “Vale o que vieeeeeeeeeeeeer. Vale o que quiseeeeeeeeeeeeeeer. Só não vale dançar homem com homem... nem mulher com mulher.
- Ah, Leona , se liga. Já estamos na pós modernidade....
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